De madrugada, a mãe, pariu o filho na calçada,
Deu-lhe o nome devido ao seu nascimento,
A mãe era solteira e tinha seu primeiro filho sem nada,
Morava debaixo de um viaduto e não tinha alimento.

O jovem cresceu nas dificuldades, e ainda o amamentava,
Pedia esmolas na rua e na porta das igrejas esperava,
E que alguém tivesse pena dela e desse uma vida melhor,
Seu filho era a sua maior riqueza, o que era ainda maior.

Antes de anoitecer, a mãe estava com fome e sede,
Apareceu um casal de idosos que saíam de uma igreja,
E este casal, convidou a jovem mãe e o filho que se perde,
Foram acolhidos com o maior amor humano, assim seja.

A mãe conseguiu um emprego enquanto o casal cuidava de seu filho,
Ela trabalhava agora como empregada doméstica,
Agora, teria orgulho de olhar para seu amor ao espelho,
A imagem que ficava na lembrança era a que fica.

A mãe conseguiu alugar uma casinha e o casal batizou-o,
Por anos a pobre mãe agradeceu ao casal de velhinhos,
Uma enfermidade veio e a ele abateu, atacou-o,
Completaria no mês seguinte cinco aninhos.

Porém, por sorte destino, o menino curou-se da doença,
A mãe fazia questão dos padrinhos mesmo na desavença,
O importante era que o medo não lhe afugentava,
Era a pessoa que ela mais amava.