A árvore que falava
Uma árvore jovem com apenas cinquenta anos,
Ela conversava os animais menos com os humanos,
Falava porque uma fada a enfeitiçou literalmente,
Aprendera a falar logo de indiferente.
Passou cem anos e nasciam e morriam no viver,
Poderia se realmente entender e crer,
O mundo não era depois do amanhecer,
Entender o que dizia era o mesmo que sofrer.
Depois de duzentos anos a árvore foi cortada,
Sua fala calou-se hora mais do que inesperada,
Na madrugada de um dia para o outro vem o agouro,
A madeira da árvore pequena cabana um tesouro.
O lenhador passou a residir à morada instante,
Começou a viver numa morada simples semblante,
Apareciam vozes que o cortador de lenha ouvia não entendia,
Vivia sozinho era autossuficiente ninguém o compreendia.
Um dia a árvore transformada em madeira de casa,
Criava motivos para irritar o lenhador,
O lenhador sonhava em ir ao céu ser anjo ter asa,
A árvore sofria de uma dolorosa e temível dor.
O dono do casebre morreu e cada abandonada isolou,
Tudo o que aquela árvore queria era conversar com o outro,
Uma grande conquista a árvores falante nos deixou,
O destino de muitos foi a voz daquele pequeno monstro.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 20/08/2023
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