O espelho que não se quebra
Espelho de aço de metal fundido,
Sai da areia como mente desiludido,
Para ter a percepção de sua imagem oculta,
Espera por uma digna resposta.
Olha-se de cima até baixo não muda nada,
Parece que saiu dele imagem de uma fada,
Nada além do horizonte e do ciclo,
De uma natureza pura sem nenhum estilo.
Roupa qualquer cabe armário grande,
Nada, além disso, o espelho não pode,
Nem andar pobre coitado ser calado,
Perdi o tempo precioso olhando cada lado.
Entretanto caíram várias vezes sem quebrar,
Era indestrutível essa peça poderia amar,
A folha caia ao chão nada se foi além,
Só descobri que sem ele o que teria, porém.
Descarreguei minha raiva em tudo procurei,
Somente o que penso é o que nada sou e nem sei,
Não seja mais austero como dita traga,
Não seja mais como dita praga.
Cantaria mais mil vezes diante desde famoso espelho,
De repente caiu-se a farsa ao chão de joelho,
Jovem demais para entender o que viria a favor,
Velho demasiadamente para sentir a força do martelo da dor.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 15/08/2023
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