Ela sempre ela sempre ela
Ela sempre e se chama Ela Bela. E ela tinha um nome comum mais nostálgico e de nomes corações e tinha hoje dezessete anos de idade. E era recepcionista de um grande grupo imobiliário e era feliz ganhando dois salários mínimos ao mês. E Ela Bela era reta e correta e tinha a virgindade o signo de virgem em seu coração. E era de tez morena e tinha altura de um metro e sessenta e três e tinha cinquenta e dois quilos e era de cabelos castanhos claros e olhos azuis e com uso de óculos para baixa miopia e calçava sapato trinta e seis com tamanco doze e bustos lindos. Quando pequena foi batizada por seus padrinhos que a acompanham até o hoje e de nomes Fazendo e Esperança que eram muito bons com ela e tinham um carisma enorme com ela e sentia ela uma compaixão grande por eles. E desde que eles e a conheceram ela se sentia segura e feliz. E aos dezoito anos ela começou o curso de secretariado técnico e se formou e hoje é secretária da mesma empresa que começou como recepcionista e é alegre e feliz com tudo e todos. E passou a maior parte do tempo fazendo anotações, pautas e reuniões e teve vários momentos do dia que era elogiada pela sua competência e aptidão e o bom serviço prestado ao trabalho. E Ela Bela sempre cuidou dos pais que hoje trabalham mais não ganham o suficiente para custear a casa que ela sustenta também hoje. E acabaram de pagar a hipoteca em sete anos dos trinta combinados com o banco e a imobiliária. E assim ela foi feliz e jamais foi deflorada por nenhum rapaz até morrer; e tinha o cordão de orações que ela fazia como fosse um terço que rezava, pois o rosário ela meditava nas duas horas que demorava em ir e chegar a casa todos os dias de serviço de segunda a sexta dos trinta e sete anos que trabalhou para a empresa até se aposentar com sessenta e nove e com setenta se descansou. E Ela Bela foi virgem sempre e nem beijo lá foi virgem sempre e nem beijo dera em boca nenhuma, pois neste quesito era autossuficiente e preferiu somente como filha única cuidar dos pais até morrerem. E ela adotou um cachorrinho de rua e deu o nome de Puff e eles eram muito amigos um do outro e ele hoje tem sete anos e Ela tem uma boa idade já. E Ela Bela fez cursos de inglês, francês e italiano e o salario dela de secretaria agora era empresarial e passou para nove salários mínimos. E Ela Bela foi feliz como liturgista e fez centenas leituras nas missas que foi por mais de sessenta anos. E quando ela chegou a uma idade que não podia mais ficar sozinha se aposentou de ir morar numa casa de repouso para idosos e lá lia vários livros que comprava pela internet e pagava a moradia e tinha liberdade de sair e entrar quantas vezes quisesse e a única coisa que o asilo pedia era que os idosos dormissem no recinto e fizessem todas as refeições lá e o resto estava liberado para fazer. E Ela começou a tocar teclado. E compôs várias músicas e fez intensos haicais e fez da vida um saber intenso. E Ela Bela foi namorar depois e de ser somente virgem um velhinho de nome Eustáquio e se casaram no asilo e Ela Bela tinha vários anos de vida. E adotaram um casal de coelhos e cachorros e viveram felizes sempre. E Ela Bela lia a Bíblia em alta voz para os idosos cegos do asilo e a leu toda em dois anos. E depois lia livros diversos e enquanto viveu no asilo Ela Bela leu mais de vinte mil livros em trinta anos de asilo que esteve até ir ao céu; e Ela Bela não contarei à idade que foi ao céu somente direi que viveu muito. E o marido Eustáquio e ela juntos fundaram uma associação virtual de amparo aos moradores indigentes de rua e que necessitavam e de uma ajuda pessoal e serena e Ela Bela vive para sempre.
Observação: todas minhas crônicas são fictícias.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 23/10/2022
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