Como se ela se ela. Jactanciosa e de cada ser que ela a Amora era linda e benfazeja. E era nutricionista ela e lutava desde os trinta contra a balança. E não tivera filhos por escolha pessoal. E Amora era casada e tinha um gatinho o Miado e era feliz com ele e o maridão Geraldo. E os dois resolveram adotar dois meninos sendo um de dois anos e outro de cinco e ambos de tez morena e de olhos lindos castanhos escuros e eram belos os meninos. E Amora tinha seu próprio consultório e era feliz e tinha ela um metro e sessenta e cinco. E ela jamais fora magra e mesmo assim fora nutricionista e oscilava dentre setenta e dois e oitenta e nove cada ano desde os dezoito anos até o dia em que pereceu. E Amora adorava algo: fazer sexo todos os dias com o marido e ele concebia isso; e compraram uma linda casa com três quartos e dois suítes e garagens de carro. E Geraldo foi o melhor marido do mundo e aceitou mesmo gordinha. E Amora era virginiana e virgem até casar e o marido também. E quando adotaram os dois meninos ela não quis ter e adotar por convicção. Amora foi eleita à nutricionista do ano pela revista brasileira de nutro logos não pela aparência dela mais competência. E os dois filhos e se chamavam de Eustáquio e Fomento e quando atingiram dezoito anos se tornaram nutricionistas como o pai e a mãe adotivos a também; e tinha também os avós maternos adotivos e nomes Asher e Podida e tinha hoje sessenta ele e cinquenta e oito ela. E o avô tocava gaita todas as vezes que via os netos e a avó fazia pudim de leite para eles dois se esbaldar menos Amora que vivia sempre de dieta. E Geraldo fazia sempre uma boquinha, pois na casa dos quatro não entrava doces e somente dietéticos. E Amora fez um grande amor a seu marido que se eles comprassem uma grande empresa de nutricionismo ela se aposentaria logo em breve; e Geraldo concordou, pois ela estava já trabalhando a trinta e nove anos de casa. E ela se aposentou aos setenta            e sete anos e foram morar com os dois filhos e o marido numa chácara perto da cidade. E foi criar ovelhas e uma vaquinha e plantações e tinha de tudo lá um pouco e desde tomate, arroz, feijão, frutas cítricas, melão, laranja e mais de vinte tipos de legumes e frutas diversos. E Geraldo foi um bom fazendeiro e tinha uns três cachorros e dois gatos e um coelho e uma tartaruga e dois cavalinhos pangarés. E tinha a fazenda dez alqueires paulistas e era bem grande. E Geraldo ia à cidade a cada dez dias comprarem ração e insumos a casa e alimentos em geral; e cada ser que Geraldo conversava era festa e alegria. Amora dava aulas online de nutricionismo e os dois filhos iam trabalhar na cidade a cada dez dias. E casa e comida e roupa lavada tinha os dois e levaram já casados suas duas esposas a Joaquina e a Marinha para morarem com eles dois na chácara; e elas tiveram sete filhos de nomes Auto, Gesto, Comer, Duo, Servir, Asher e Bom e hoje tem oito, nove, dez, onze, doze, treze, quatorze; e a Amora foi-se embora ao céu com cento de vinte e oito anos de idade e Geraldo com cento e dois anos e os dois filhos com cento outros e cento e dois anos também e suas esposas foram com cento e vinte e cento e doze; e cada filho foi-se com cento e dois, cento e três. Cento e doze, cento e doze, cento e treze, cento e dez e cento e quinze. E Amora se inscreveu no tumulo dela o seguinte: foi linda e maravilhosa e dengosa e mesmo gordinha conquista e somente o foi o amor de cada paz e sofisma de versos lindos e fenomenais e ser e certos. E cada ser que dia de cada ser que ela está com Deus para o sempre.
Observação: todas minhas crônicas são fictícias.