Ela e se ela por ela
O último dia de desempregada chegou. Segunda feira que vem passou a voltar a trabalhar. E conseguiu o cargo de assistente administrativa numa média empresa. E se chamava Catarina do coração bom e puro e nobre. E se formara na faculdade de administração e fizera estágio por dois anos até ser efetivada. Mas perdera o emprego dois anos depois de formada por motivos desconhecidos. E procurou emprego em diversos lugares por diversas empresas. E numa terça-feira ela ligou para um determinado lugar e conversou com a gerente de recursos humanos e depois de vinte minutos ela desligou e aguardou resposta. Já na quarta feira às dez da manhã a gerente ligou para ela e falou: a vaga é sua. E Catarina chorou de felicidade e no meio-dia foi na missa do meio-dia agradecer a Jesus pela vaga conseguida. E avisaram os dois pais que moravam com ela. O bom Joaquim e a boa Eutéria eram as alegrias da filha. E com o salário de três mil e quinhentos reais deu entrada numa casa pagas em trinta e cinco anos. E comprou um carrinho usado, mas bom de andar. E resolvera engravidar quando casasse. E conheceu Rogério no trabalho dela e começaram a trabalhar. Ela tinha tez morena e olhos castanhos alvos e cabelos negros e ondulados. E a casa tinha três quartos e uma cozinha com garagens para dois carros. E casaram-se Rogério e Catarina e tiveram dois filhos e chamado Deletério e Domenico e hoje tinham cinco e sete anos os dois. E Catarina era apaixonada por tênis de mesa e jogava todos os dias com o marido e os dois filhos. E participou de alguns torneios, mas não ganhara nenhuma medalha. Foi elevada e cargo para gerente administrativa sênior passando a ganhar dez mil reais. E o marido ganhava onze mil e era tecnólogo de informática e gerente de TI a tecnologia da informação. Deletério virou psicopedagogo e Domenico foi e fisioterapeuta e nutricionista cuidando da saúde e de toda a família. Catarina e Rogério foram felizes por sessenta e dois anos de casados. E Catarina tinha duas melhores amigas e um amigo chamado de Serena e Dopamina e ele Escapole. E os quatro nas horas de folga saiam juntos e levavam seus filhos consigo. Ela e se ela por ela serena e simples. Cada mover de lábios pressurosos Catarina beijava todos os dias o ósculo do esposo. E ele também. Os dois a cada três dias oravam diárias e os filhos eram a alegria dos pais. Pelo fato de sentir o perdão abundar quando erravam o sentimento deles eram puros, bons e nobres. Catarina morreu com e cento e três e Rogério com cento e cinco. E cada momento surgiu netos, bisnetos na família dela. E o servo de cada sentimento se fazia propagador de fé. Como o amor por Jesus era lindo e notável. Com o verso mais lindo Catarina escreveu antes de morrer um livro com poesias dedicadas a sua linda família. O verso mais lindo foi este: como podemos tanto amar se não nos purificamos do amor perdoador existente dentro de todos nós. E como a chaga de um verso se torna um amor chagado em cada cerne e lugar benfazejos.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 22/12/2020
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