Jesus Cristo

Corações se conquistam com poder

Textos

Ser ela ser bela ser anexa ser anela
Ela sempre foi feliz. Ela sempre bendiz. Ela sempre coerente. E fizera três faculdades de administração, economia e contabilidade. E não se casara até os trinta e cinco sua última formação universitária. E tinha cinco melhores amigas chamada de Sujeita, Flerta, Arqueira, Doravante e Sinérgica. E elas as seis estudavam três vezes na mesma faculdade por doze anos concorrentes e conseguiram estágio remunerado na mesma empresa as seis. E a primeira amiga foi contador júnior, a segunda contadora sênior, a terceira assistente administrativa, a quarta assistente administrativa sênior a quinta economista júnior e a nossa heroína foi mestranda em economia. E se a chamava de Eufêmica uma mulher nota dez no trato pessoal e com os outros especialmente amigos. E montou a própria empresa ao lado das seis. E viveu de casa para o trabalho por trinta e nove anos concorrentes. E saia aos sábados para tomar uma cerveja com as amigas todos os finais e de todos os meses. E Eufêmica começou a escrever todos os dias artigos de administração e economias. Baseava-se escrever como o Valor Econômico, a revista Isto é dinheiro, a revista Exame, a revista Você AS e também a revista Você RH seus bons e lindos artigos acadêmicos. Com cinquenta e dois anos ela ganhou um prêmio de honras a escritores da área administrativa uma medalha comemorativa. Eufêmica era e foi sempre honesta com caráter sensacional. E teve dois filhos e uma menina com vinte e nove, trinta e trinta e dois de idade certos os seus filhos. Ligava todas as noites à televisão e assistia ao lado dos lindos filhos. E o marido rezava com os filhos o terço de Nossa Senhora, e dormiam sempre tranquilos. O horizonte desta mulher era infinitesimal. Cada vez que ela rezava indo ao trabalho se dedicava um tempo para Deus. E Ele somente a abençoava. E chegou o dia da sua aposentadoria aos setenta e nove anos e de carteira assinadas ela se dedicou a ser voluntária num orfanato e casa para idosos. Costumava dançar dança de salão todos três finais de semana do mês. E pagava trezentos reais para frequentar o salão. Eufêmica era nadadora e ciclista nas horas de folga e o marido a acompanhava nos seus esportes favoritos. E o primeiro filho foi escritor, o segundo pedagogo e a terceira a filha foi embaixadora do Brasil em um país próximo de sua casa fora do país. E o marido se chamava de Instantâneo um homem irrisório, fremente, amado, querido, corajoso que perderia a vida pela esposa caso necessária. E o primeiro filho chamava de Eito, Jeito e Clarete. E viveu os cinco até os cem, cento e um, noventa e nove, cento e dois e por fim noventa eles todos. Já as amigas viveram até noventa, noventa e um, noventa e dois, noventa e três, noventa e quatro e noventa e cinco, e foram ditosas mulheres. Sujeita amava a amiga em segredo e não queria estragar a amizade e somente um pouco antes de morrer se declarou para a amiga. Eufêmica entendeu tudo, mas não ficou brava somente assustada. E assim foi o fim das sete mulheres.  
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 30/11/2020
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