Ela e sempre dela e anela
Tinha trinta anos de casa. Apaixonara-se primeiro por Joaquim homem sensato, bom e honesto. Ela se chamava Isógina. E tiveram dois filhos dois meninos de nome Xavier e Augusto. Ela trabalhava há trinta anos na mesma empresa e era gerente administrativa sênior. Era muito inteligente. Tinha tez morena, olhos castanhos, calçado tamanho trinta e sete, um metro e setenta de altura, silhueta de modelo, bustos enormes, cintura de oitenta centímetros, usava óculos de dois graus para hipermetropia e astigmatismos leves. Isógina comprou três casas, uma para o filho Xavier e outra para o Augusto e uma para ela e o marido Joaquim morarem eles dois unidos e juntos. A casa de Xavier tinha dois quartos, uma cozinha, um banheiro, uma sala de estar, uma garagem, jardim, piscina e área e de lazer. A casa de Augusto tinha três quartos, uma garagem, jardim, piscina, banheiro e área de lazer. Por fim a casa de Isógina e Joaquim tinham três quartos, uma cozinha, banheiro, uma sala de estar, garagem para e três carros, jardim, piscina e área de lazer para eles quatro. E pagaram-se setecentos mil reais na primeira, oitocentos mil e quinhentos na segunda e um milhão pagos na última casa. Isógina escrevia livros e montou sua empresa um startup. Cada momento sensato de que o bem deles quatro importava e muito para tudo e todos. De cada vontade Isógina viveu até os cento e dez anos, Joaquim o bom e fiel marido viveu até cento e doze, os filhos Xavier viveu até os cento e quatorze e Augusto viveu até os cento e quinze. Eles quatro eram vegetarianos por isso a vida longa deles. Os avós de Xavier e Augusto viveram muitos anos sendo Josuel vivendo até cento e quinze e Isildinha a avó viveu até os cento e dezesseis. O avô era psiquiatra e a avó era psicóloga, e tinha os avós muita vontade de se viver e bem com saúde. Os avós e pais e filhos eram vegetarianos foi por isso suas longevidades serem tão longas acima da capacidade humana e sensacional. E Isógina foi virgem até o casamento e Joaquim permaneceu também virgem e correto e reto por dileto. Ela e sempre dela e anela. Como o sucesso profissional dava trinta por cento de seu dízimo na igreja cristã, e era feliz por ser católica. E praticante, pois todos os domingos iam os quatro à missa. E quando morreu Isógina uma o mundo apagou uma estrela e acendeu outra no céu. E o marido virou compositor e músico aos oitenta anos e declamava sonetos para a linda esposa. Ela era tão bonita que não precisava de cremes faciais e era muito e os magros como o marido e os dois filhos. De serenas cordiais coerentes vontades ela se faz. Quando fez sessenta anos de casa ela se aposentou e foi viver a vida passeando e sendo sempre divertida com os filhos e seus futuros netos. De cada virgindade ela esperou o homem certo e amado. Com singeleza ela foi para o céu ao morrer. E sempre dizia: e se não posso amar a todos jamais me sentirei por não ser amada. E o marido a enterrou e os filhos rezaram um terço antes dela ser ao céu. E o amor ser.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 30/09/2020