Ela e ela sempre anelam e bela
Com trinta e três anos Jovita era professora de biologia e química. E dava aulas todos os dias de segunda a sexta. E casara-se uma vez com Jovino homem bom e fiel. E tiveram três filhos dois meninos e uma menina, se chamando Sereno, Epígrafe e Salma. E com vinte anos ela entrara para a faculdade e fizera primeira biologia e depois química, e Jovino ou João era pós-doutorado em biologia com a pesquisa de hormônios de bezerro para crescer melhor o gado. E depois ela fez o doutorado em polinização de plantas longínquas. E casou-se com trinta e cinco anos dela. E ela escrevia artigos de ciência. Jovino era um bom escritor também. E eles foram felizes escrevendo livros. Sereno virou psicólogo, Epígrafe fora piscicultor e Salma professora de francês. Jovita fora sempre reta e cordata e escrevera seu primeiro livro: tratado orgânico das plantas em crescimento seriadas. Depois veio o segundo livro: hora de plantar e colher. Já o terceiro livro foi: amando a natureza e o homem. E escreveu cento e oitenta livros já Jovino fez oitenta e quatro livros. Ela e ela sempre anelam e bela. Como ser em paz ela foi correto e se sentia bem todos os dias. Com cinquenta anos teve um Acidente Vascular Cerebral e ficou sem movimento do braço e perna direitos. Precisou usar fraldas geriátricas e tinha de se dar alimentada na boca. Não tinha mais tristeza nem alegria, escreveu livros com o computador a usar. E cada hora que ela vivia achava-se um problema e um corpo amados por Deus em seu coração. Cada dia ela passava orando e rezando para Deus a curar da paralisia dos membros o braço e a perna. De cada livro que ela publicou desejava ser mais amada e bem-quista. Ela depois de trinta anos acamada fora internada num asilo a pedido dela mesma. E lá na casa de acolhimento para idosos todos a tratavam bem e a enfermeira Fernanda era sua melhor amiga e cuidadora. A enfermeira era uma boa mulher e Jovita era grata por grande amizade. E as duas faziam crochê, ela tocava violão para a paciente, organizava todos seus textos para serem publicados. E o café da manhã era pão, café com leite e frutas. No almoço o cardápio era variado. Tinha o café da tarde, a janta e por fim a ceia. Jovita se consultava com um psicólogo todas as quartas-feiras recorrentes. E ela teve uma velhice cheia de aventuras e adorava ouvir músicas clássicas e jazz e blues. A melhor amiga dela depois da enfermeira era Remansa que também era cadeirante e tiveram AVC como a amiga. Era um quarto para cada dois pacientes tudo bem harmonizado e com oxigênio caso precisa-se cada mulher ou homem. Era regra da casa: homens num quarto e mulheres num outro. Podia-se namorar, mas somente podia beijar nada mais. E Jovita foi internada, mas o marido a vinha ver ela a cada três dias e ela viveu muitos anos decorrentes. E a enfermeira era muito contente e passava essa alegria aos pacientes. Quando o marido morreu ela ficou só para sempre. Até que um dia os dois se encontrariam na pátria celeste o céu.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 15/09/2020
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