Ela sempre ela bela e ela
Com certeza Jeniffer foi feliz. Atleta de maratonas e escritora nas horas vagas não fizera nenhuma faculdade. Tinha um metro e oitenta de altura, olhos castanhos, cabelos ondulados médios, silhueta e corpo belos. Sessenta quilos tinham e eram virginianas. Ela adorava beijar os lábios do namorado Robaldo. Ele e ela não dormiram juntos até o casamento e ao casar ela se entregou seu corpo a ele. E ele a ela. Tiveram em três anos dois filhos um menino e outro menino chamados de Cesário e Augusto homens e meninos bons. Jeniffer completou hoje sessenta maratonas de quarenta e cinco quilômetros. E levara para casa quarenta e cinco ouros, dez pratas e cinco bronzes. E montou uma associação de acolhimento a crianças carentes: o rouxinol dos maratonistas. Essa associação dava apoio a futuros maratonistas e ela e o marido apoiavam cada novo atleta. Para complicar Jeniffer foi acidentada e atropelada em um de seus treinos. Ficara paraplégica, e não poderia correr como outrora. E chorou muito e entrou em depressão e o marido a consolou. Ela decidira escrever sua história de superação fazendo maratonas de cadeira de rodas e assim venceu. E depois de paraplégica ganhou mais trinta maratonas e todas foram de ouro e uma somente de prata. Jeniffer foi feliz e escrevia várias poesias por dia. E publicaram sessenta e nove livros todos inéditos. Ela sempre e bela e ela se foi. E virginiana fervorosa ela dava trinta por cento de seu salário para sua igreja. E dançava blues de cadeira de rodas junto ao marido. Ele foi fiel até o fim dela. Jeniffer morreu com cento e cinco anos e Robaldo cento e seis anos. Já Cesário e Augusto foram atletas como a mãe. Cesário morreu com noventa e nove e Augusto viveu até os cem completos. Cesário fora bibliotecário e Augusto professor de português. E Robaldo fora clínico geral. Somente Jeniffer não teve diploma superior, pois não tinha dinheiro na época; e os quatro tiveram uns fins lindos. E quando Jeniffer morreu foi sepultada ao lado do pai o Inocêncio e da mãe Justina. E no epitáfio de Jeniffer estava escrito isso: foi mulher, mãe e companheira e vencedora trabalhadora e merece estar no céu junto a Jesus. Robaldo e os dois filhos também foram santos em vida e mereceram a vida eterna. Jeniffer em seu último livro declarou: escrevo-lhes para desabafar, pois sofri muito a vida inteira e somente encontrei alento em Jesus, e dele veio a minha salvação. Como sou pequena na fé Deus me tornou grande no amor. Vivendo a felicidade de ter três guerreiros ao meu lado fui e sou feliz. E pela minha fé pequena Deus exaltou-me em seu amor benigno. Sou feliz por ser cristã, sou feliz por amar e ser amada. O fruto do perdão sempre habitou em mim. E como nesse momento retorno ao lugar em que eu vim, o céu. E com harmonia sincera Nossa Senhora há de ser meu amparo e apoio social e lindo. E Jesus sempre nos abençoe. E peço que quando meus filhos e marido quando forem desta terra Deus os acolha no céu. E seremos felizes todos nós ao chegarmos ao céu nossa pátria celeste.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 19/08/2020
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