O que ela quer
Diamantina era o nome dessa guerreira. Era uma filha de fé de realizações serenas e opostas. Tinha tez morena, um metro e setenta e um de altura, lábios lindos, olhos retilíneos, bustos fartos e era esbelta. E casou-se com quinze anos com Desenvolvido um rapaz com vinte anos na época. Tiveram um time de futebol eram onze. E deu esses nomes aos seus filhos: Efigênio, Euclides, Enfado, Escolástica, Emergência, Elegância, Eufêmica, Isaque, Desdenha, Diocleciano e Ermínio. Efigênio se formou engenheiro, Euclides foi psicólogo, Enfado foi piscicultor, Escolástica foi enfermeira, Emergência foi médica, Elegância foi estilista, Eufêmica professora de português, Isaque dentista, Desdenha psicóloga, Diocleciano agricultor e Ermínio médico clínico geral. Diamantina e Desenvolvido foram pais muito felizes e creditavam no futuro dos onze filhos. E Diamantina tinha três faculdades e Desenvolvido duas faculdades. Cada filho tinha uma qualidade como alegria, fé, felicidade, companheirismo, serenidade, companhia. Moravam eles treze numa casa com oito quartos e três suítes, três vagas para carros, uma cozinha, uma área de lazer e um quintal com plantas um sentimento sereno dela. De cada dia novas alegrias para os treze. E foram para a pátria celeste Diamantina com noventa e nove, e Desenvolvido com cem. Cada filho percorreu o caminho de fé dos pais e nessa ordem pelos nomes morreu e foi ao céu: Efigênio morreu com cem, Euclides morreu com noventa e oito, Enfado morreu com oitenta e oito, Escolástica partiu com noventa, Emergência foi-se com cento e dois, Elegância foi com setenta e sete, Eufêmica partiu com setenta e sete, Isaque foi com cento e dois, Desdenha partiu com cem, Diocleciano foi com oitenta e três e Ermínio foi com cento e três anos exatamente. Assim se fez a família dos Amores Perpétuos nome dados pelos vizinhos aos treze. A vizinhança toda era amiga deles treze e faziam terços meditados e festas todas as semanas em sua casa. E tinha até feijoada para a comunidade e um dom que Diamantina tinha era fazer belos pratos de feijoada. E aos sábados comiam pizza à noite e gostavam de vários sabores desde Mozarela, calabresa, atum e dentre diversos gostos. Os filhos deles dois eram expertos e aprenderam sobre os pais seus defeitos e qualidades. E Desenvolvido era feliz por ser um pai com tantos filhos e filhos lindos e queridos. E Diamantina de serenidade grande costumava nas horas de folga a fazer quadros de sua autoria. Eram autorretratos de vertente social benéfica e social. E de cada mover de pincel ela contagiava com sua arte veemente de condizente. O que ela quer é ser feliz mais nada além-baixo ou cima disto. De idade de oitenta anos Diamantina foi presenteada pelo marido com um colar de brilhantes de diamante sua pedra predileta. E foram mais momentos de fé e felicidade, pois o amor dos dois durava sempre. Basta somente amar para ser feliz. De cada mover de sentidos o coração se abrasa.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 02/08/2020