O amor por ela
Corria como uma maratonista. Estava em sua décima maratona. E vencera nove de dez. e era superforte e bela. Tinha um busto volumoso e cheio de harmonia. Tinha um rosto perfeito cheio de harmonia e perfeição. Era assim Almira uma mulher de vinte e dois anos maratonista de todos os cantos do Brasil. E sentia o amor pela vitória todas as vezes que corria e era assim feliz. E com singeleza simples e modesta Almira corria e não caminhava. Era atleta profissional. E não pensava jamais em parar de correr. Até que um dia correndo na última maratona percorrida teve uma lesão na perna esquerda e parou no meio da prova. E foi ao médico. Ele receitou um analgésico fortíssimo a ela e passou a dor. E ela fez o exame antidoping e acusou uso de substância proibida e ela foi afastada do esporte. Ela alegou que não usara substância nenhuma apenas o analgésico que não sabia ser proibido aqui no Brasil. E chorou muito e quase desistiu do esporte de ser maratonista de corredora de ruas e rodovias. Mais venceu e voltou a correr, e na décima segunda maratona dela voltou a vencer e sagrou-se como a mulher mais premiada do esporte internacional e nacional. E com certeza venceu outras corridas e até o dia de se aposentar ganhara cinquenta e duas medalhas de ouro, vinte e cinco de prata e três de bronze. E não parou aí, Almira fundou uma associação de amparo as crianças carentes e que amam o esporte de correr. De cada amor pelo esporte ela não se casara foi casta a vida inteira. E adotou três meninos e uma menina seus filhos adotivos fieis. E com noventa e nove anos ela deixou uma luz no mundo e foi-se ao céu junto de Deus seu intercessor. Ela tivera uma infância pobre mais venceu na vida. Começara como balconista e chegou até a fazer faculdade de educação física, mas seu amor e paixão era o esporte, a maratona. Os filhos e filha dela seguiram o mesmo caminho, o da vitória. Com singeleza era forte e dura na queda esta mulher. E Almira era fortaleza de paz arrebatadora e tinha coração de mulher nobre e sincera. E os quatro filhos foram maratonistas assim como ela e sagraram-se campeões e vencedores na vida. Almira era de signo difícil mais doce como néctar das flores de seu apartamento onde morava na capital. E acordava todos os dias às quatro e meia e corria até às dez da manhã de cada dia poente. E ia para a escolinha dela às onze onde ficava até às oito da noite. E se divertia em ensinar e amava o correr e era simples de coração. A harmonia dela era ser gentil até com quem não gostava dela. E conquistava todo o mundo com simpatia e alegria. Almira era devota de Nossa Senhora e ela a abençoava todos os dias. Ao correr sua última maratona com mais de noventa anos ela dedicou aos quatro filhos o fato de ser forte ainda e de ser muito querida e amada. E venceu com medalha de ouro. Hoje ela descansa no colo de Deus e é feliz lá no paraíso. Com certeza todos que passam pelo seu túmulo lembram sua trajetória de estória e agradecem por tê-la conhecido um dia.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 24/06/2020
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