Somos como versos lindos. E ela também ela era assim. E chamava-se Doriana um mulherão de tirar pneu do chão era ela. E com vinte anos já estava no terceiro namorado pronto para querer agora um novo quarto amor. Doriana e pisciana, e cheia de fulgor e não queria casar. O que mais ela curtia era ficar um tempo e depois sair para outro homem, outro amor. Como amor encurtado de que ela deixou de ser virgem ao quatorze anos assim foi ela e não parou mais. Ela queria se sentir a mais apaixonada e bela pelos homens. E conseguiu o que quis. Infelizmente essa aventura acabou mal, pois depois do último ficam-te diagnosticou ela estar com AIDS.  Chorou amargamente por um mês e começou a se tratar o HIV. E viveu bastante mas sempre lembrava de que poderia amar rezando, querendo o bem e todo o maior amor. E perdoou o rapaz que a contaminou e hoje ele não estava mais vivo, morreu por não se tratar dessa doença sexual. E hoje ela dá palestras em escolas e conta a sua experiência de vida. Ela falou da sua sexualidade precoce, disse para as  pessoas usarem anticoncepcionais e de terem parceiros fixos. Ensinou também que o corpo é sagrado e Deus se importa muito com isto e falou do valor da família, pois não poderia ser mãe mais. E uma das meninas que ela aconselhou perguntou a ela porque perdoara quem lhe prejudicou e respondeu: o que ele fez não tem perdão, mas Deus perdoa na minha pessoa o amor que tinha por ele sem ódio. E chorou muitas das meninas que a ouviram e a abraçaram. A AIDS pode se dar abraços ou carinhos, mas o preconceito da humanidade se puderam atingir outros patamares e de casualidade feris. Doriana era feliz no futuro pena que a doença não tem cura, pois seu maior sonho era ser mãe. E então adotou uma menina de cinco anos como filha adotiva e foi-se feliz. Ela escreveu um livro chamado, o verso do amor contando as pessoas sua autobiografia simples, singela e doce como mel mascavo se tornara uma mulher forte, sensata e pluriciliada vontade de ser do bem e para o bem. Doriana criou uma ONG intitulada às filhas da misericórdia de Maria e existe até hoje na zona sul da capital paulistana. E como sentido de que somos o amor de humanos, orações e corações rezemos pelos amigos, amigas, inimigos e afins para salvarmos nossas almas para o céu. O oleiro e o vaso, o amor e a fé, o complexo e o simples somos todos nós. Quando ela morreu foi enterrada e com caixão aberto ficou até ser enterrada e todos se despediram dela com rosas brancas, vermelhas e velas para salvar a alma dela depois da sua morte. De coração sincero que abrangia suas falas nobres e doces Doriana apesar de muito pecadora virou uma santa irremediável de caráter e de caridade excelsas; e assim se foi. O sucesso de uma mulher não é em vida, mas o estigma de um caráter fiel que essa estima nos ventres sedentos de fé. E com corajosos olhares vencemos cada dia com cada dia, noite com noite. E mesmo morrendo somos lembrados pelo que fomos.