O amigo
Havia numa cidade vizinha aqui, dois amigos, um o melhor do outro, e chamava-se Paraíso a cidade dos dois, e trabalhavam de segunda a domingo num mercadinho da região com muito aconchego e carinho. Eles dois tinham um objetivo, de serem professores de língua inglesa e casarem no mesmo dia de suas duas namoradas, Angelina e Angélica, sendo os noivos Charles e Carlos. O amor que eles tinham daquela amizade é muito forte e quando eles casaram os filhos e filhas deles quatro também se tornaram amigos e amigas, bem valorizados no amor de um pelo outro. O carisma do casamento era a concordância em que a felicidade existe para todo o que crer. E ao amor que não termina se continua como a semente da verdade verdadeira.
Os dois casais moravam no mesmo bairro, mesma igreja, mesmo serviço, mesma fé, mesmos sonhos, mesmos medos, em tudo os dois homens se pareciam e até quando Charles precisou de sangue e Carlos doou pois tinham o mesmo tipo sanguíneo, foi uma amizade de intensa fé, com alicerce de pazes lindas e frutíferas, irradiadas do amor também de Jesus, que abençoou esta santa amizade, sentidas no amor vitalício da paz celeste. Os dois amigos viveram até os cem anos, e morreram também no mesmo dia, mesma hora e de mesma doença: morreram dormindo. Mas o que fica inerente na memória do povo era que eles dois eram irmãos gêmeos no nascer, viver e morrer e que foram iguais a tudo, menos no julgamento divino que levou as duas almas para o paraíso celeste. A amizade que temos nos reserva o amor que verdadeiro gera a misericórdia do amor pelo próximo a cada um, se reserva a felicidade e estar sempre com Deus, numa amizade verdadeira.
O ombro amigo desta amizade foi Deus. Pelo perdão reconfortador que gerou filhos e filhas honestos, o semblante desses dois amigos era a amizade pura e verdadeira que era Charles e Carlos.
Juntos os dois amigos escreveram três livros de coautoria própria. E chamavam-se no meio literário de Os Dois Iguais, pois o que faziam era quase tudo iguais. Charles e Carlos participavam da missa das oito, foram coroinhas na paróquia e casaram-se na mesma igreja, no mesmo local e no mesmo juramento. E fizeram o mesmo juramento na frente do padre e batizaram seus quatro filhos, dois de cada casal na pia batismal da igreja, com zelo destemido. Rumo ao coração destes dois homens, acreditando que eles sempre foram honestos, e bons, e foram convidados para serem diáconos permanentes na igreja e aceitaram com muita alegria, envoltos numa fé inabalável. A semente foi brotada, a alma em sua plenitude geram-se amores covalentes e excedentes em versos de pazes aguçada as e repletas do amor como cristão, pois plantar bem gera o mesmo e o mal gera também o mesmo.
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 18/06/2019