Era primavera aqui em casa, os seres alados voadores versavam voos mais altos em cada plaina. O amor pela natureza era lindo, nunca tivera um pássaro, minha paixão. Sendo que um dia averiguei um pássaro amarelado verde com a asa quebrada depois de ter sido abandonado por alguém. Foi amor à primeira vista. Foi uma paixão por aquele ser tão pequenino, que não quis nunca mais ficar sem ele. Dei-lhe o nome de Charles, o pássaro belo e bonito como era. Ele demorou dois meses para ficar curado do acontecido. Comecei a domestica-lo para ele sempre voltar para casa minha, toda vez que estivesse livre e solto. Nem precisava. Ele amava a mim mais do que eu a ele, e o amor somente aumentava. Levei Charles ao veterinário e este indicou algumas vacinas para dar mais saúde para aquela ave, tão linda e maravilhosa, viver com qualidade e com alegria.
O pássaro viajava as cercanias da casa, sendo que todos gostavam daquela ave e queriam-lhe bem. Ofereceram até uma fêmea para cruzar com o passarinho exaltado. O nome da esposa de Charles era Catarina, e tiveram três passarinhos, lindos e maravilhosos em todos os aspectos. O pássaro viveu quarenta e dois anos e era querido por todos. Quando esta criatura partiu, o amor ficou ainda mais forte por aquela criatura. Os descendentes dele eram tão vigorosos quanto ao pai e mãe. E o amor que nutrimos por esta ave era lindo e fortalecedor de corações aviltados pela sede do amor eterno.
Catarina não ficou muito tempo viva, pois sentia saudades do marido e queria ir ao encontro deste. Depois de três meses, ela partira também. Já os passarinhos eram as alegrias do dono da casa. A paz abundava com a certeza que o amor que aquele ser gerou era forte demais para acabar com a morte. Quando somos provados na fé a razão de viver soma-se a todo o bem que gera a certeza que aqui não termina para os homens e sim prolifera para a vida eterna. Os filhotes dos dois foram doados para vizinhos, e ai o amor que era bom ficou melhor, pois deram mais nove filhotes para avó Catarina, e três filhotes para cada filho da avó. Agora a paz abundava em torno da chaga que o amor não somente não conhece como também faz parte. Somos amados quando viventes e depois somos amados pelo que fomos.
Ao maior amor que aquela faltar da vontade faz, o pássaro da misericórdia é aquele que faz companhia em todos os tormentos e momentos, com quedas e recaídas, com superatentos e vitórias, com fé e esperança. Somos feitos para amar e também pelo bem sermos amados. Muito obrigado Charles por ter existido e ter feito parte de nossos corações. E que cada animal tenha um lar que conforte, acolhe e lhe dê paz, conforto e carinho. Não falte mais esperança, mas alegria no verdadeiro amor e fé.