Sou brasil...
Quente como o sol inerva,
Pacífico como o inverno,
Relendo a antiga minerva,
Como fosse o eterno.
Sou o sol pacífico,
Relendo o véu matinal,
Sou o sol do único,
Vindo ao corredor sem igual.
Sou a tua madeixa,
Esperando a colheita,
Indo ao véu queixa,
Sem sabor, já feita.
Olho o véu materno,
Copiando o volume,
Sou o mesmo terno,
Caindo pelo queixume.
Olha a vida simples,
Cogitando ao raro,
Pelo ar razão existir tu fales,
Mais do que o amparo.
Sou a rocha quente,
Cambaleando indo,
Um elo frequente,
Um sorriso sorrindo.
O olhar mais bonito,
A vida por sobre declive,
Um olhar mais escrito,
Sou o jovem que vive.
A rocha do sol,
Declive sobre o paiol,
O coração rebate,
Assim o sol cala-te.
Fui jogado para o alento,
Como um pão cordeiro,
Assim cogita o vento,
Em ser o teu primeiro.
Sorte de amar e calar,
Fui sujeito para adorar,
Um Deus de sabedoria,
Um amor igual à alegria.
Coração quente,
Metáforas da razão,
Um ser poente,
Chamando à paixão.
Cheio do torvelinho,
Caindo para o cristão,
Um sono de linho,
Caindo para a solução.
Sou poente arborícola,
Vivendo esta escola,
Como fosse um tridente,
Florescendo o quente.
Fui amparar a vida,
Chamando a partida,
Por menos que revida,
Chamar de querida.
Olho a vida ao sol,
Transparente o girassol,
Nesta prisão do ventre,
Chamando pelo mestre.
Vi a vida por menos,
Sou o sol profissional,
Caindo pelos senos,
Sou igual, igual e igual.
Choveu rosas de granizo,
Foi o único e sofrendo,
Pelo meu próprio siso,
Um coração convertendo.
Caindo o vento para cima,
O áureo vento que elege,
Mesmo o que aprumo a rima,
Deus assim o converge.
Sou o coração querido,
Jamais assim nascendo,
Foi-se assim ido,
O olho sendo.
O coração veste,
A alma que reste,
Sou o olhar vestido,
Como sol defendido.
Olho o canavial,
Neste incenso de paixão,
Caindo na depressão,
Um lado para o sem fenomenal.
Sou jovem, vejo alegria,
Ao coração da maestria,
Fujo para o matinal,
Vejo a colina real.
Calei-me pela juventude,
Achei a destra atitude,
O olho do pardal vive indo,
O sorriso já sorrindo.
Sonhando estar sozinho,
Uma prisão de concreto,
Sei falar ao que é reto,
Um coração molda o ninho.
Rejeitei o pecado,
Rejeitei o percalço,
Rejeitei o alado,
Para ficar ao encalço.
Fugi para o perdão,
Amor para a redenção,
Foi renegado para o gelo,
Feliz por ter um elo.
Anderson Carmona Domingues de Oliveira – 21 de março de 2016
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 21/03/2016