Existência...
Andava pela colina,
Não me imaginava,
Indo com a nona,
Coragem que cravava.
Entre a vida,
Essência existiu,
Dizendo convida,
O coração sumiu.
A ilha de vida plantou,
Sob meu sangue,
Levou-me e sarou,
O olhar daquele mangue.
Estava largado à existência,
Paciência para a coragem,
Levou a dor da paciência,
Em meio à garagem.
As dores que me pesaram,
Claudicaram sob o manifesto,
Do qual nada restaram,
Pesaram-me a preço de resto.
Do dia de hoje fui crucificado,
Vicejando e vivendo,
Um morto revivificado,
Sabe mais escrevendo.
O manto que acabrunha,
O sol tenha por testemunha,
Quem merece não zangar?
O Deus de amor se amar.
Consegue transformar,
Minha vida vai mudar,
Chovendo a se gladiar.
O lento olhar da serpente,
Ativa até a minha garganta,
Fui pelo mestre entente,
Não sabendo se ia voltar.
Espero a minha vitória,
Por toda a memória,
Dizendo a reta discórdia,
A vida tem o seu dia.
Olho o restante da madrugada,
Pela doce alvorada,
A caça está de temporada,
Falando em estrada.
A vida não corrige,
Apenas longe,
Cai na entranha,
O qual chama estranha.
Deus ama toda a criatura,
O louco da desventura.
Agora olho hoje o ventre,
Tão cálido como o mestre,
Hoje ele está a discernir,
Não posso parar a metade ir.
O resto da tropa,
Tomando velha sopa,
Existe para a paciência,
Olhar de excelência.
A vida tem uma ponte,
Pela estrada eu vou,
Dizendo o que conte,
Para lá já estou.
A vida tem talento,
Como um fino manjar,
Tornou tudo aumento,
Não sabendo manejar.
Ao longe da vida,
Encontrei a partida,
Após a minha ida,
Vou além da bebida.
A vontade de clamar,
Sentindo a natureza,
Excelso poder apoderar,
Você é a rara beleza.
Canto como um náufrago,
Longe de toda a família,
Amando amar o inimigo,
Caindo na lajota do dia.
Abracei a vida com doçura,
Mais do que a loucura,
Fronte da quem lucra,
Este gera e erra.
O combate é espiritual,
A majestade sem igual,
A vida é um símbolo,
Como todo o acúmulo.
A dor que fere e mata,
Acredite na tua excelsa,
Alma que tudo desata,
E a esperança é nossa.
Recorda a vida passada,
No meio da lama,
Como quem foi para a cama,
Viver um sono da ida alcançada.
Olho os olhos da verdade,
Minha existência é a Trindade,
Olhei fito aquele rapaz,
Cheio do coração da paz.
Coragem para vencer a batalha,
Sou guerreiro da alabarda,
Como um corte de navalha,
Descobri que a vida tarda.
Vi a oração surgir,
O ocaso se deparar,
E um casal novo unir,
Esperando o amar.
Anderson C. D. de Oliveira – 7 de março de 2015
Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 07/03/2015